A patela é o osso responsável pelo elo de força entre o músculo quadríceps (localizado na frente da coxa) e o tendão patelar. Atividades simples do dia a dia como caminhar, correr e andar de bicicleta entre outras passam por esse osso. Para que isso seja possível, dois terços da patela possui cartilagem a qual fica em contato com a região articular do final do fêmur chamado tróclea. Essa articulação é chamada de femoropatelar e para manter a harmonia articular e evitar que a patela saia do lugar, quatro estruturas são fundamentais: quadríceps, ligamento patelofemoral medial, retináculo lateral e tendão patelar.
Dor: Alguns pacientes possuem fatores predisponentes para apresentar dor nessa articulação: joelho em valgo (ou alinhamento para dentro), frouxidão de ligamentos com hipermobilidade patelar, fraqueza de quadríceps, alterações rotacionais do membro inferior (pé virado para fora) e formato da patela e tróclea. A dor normalmente é referida na frente do joelho, porém, muitas vezes, não é bem localizada podendo ser difusa. Apresenta piora significativa com atividades que sobrecarregam essa região, como subir e descer escadas, escalar montanhas e saltar. Ficar muito tempo sentado também pode provocar dor o que chamamos de “sinal do cinema”.
A instabilidade é definida, nesse caso, como a sensação de que o ”joelho vai sair do lugar”. Alterações como as descritas anteriormente via de regra estão presentes. O paciente pode somente ter essa sensação ou, devido a um evento traumático, ocorrer a luxação da patela (o osso sai do lugar).
O tratamento dessa patologia via de regra é realizado com fisioterapia, reforço muscular e órteses (joelheiras). Alguns casos que apresentam luxações frequentes, podem ser submetidas ao tratamento cirúrgico que vai desde a simples reconstrução do ligamento patelofemoral medial até realinhamentos mais complexos (corte no osso para deixar a patela no lugar).